Deixa eu contar uma parada bizarra que rolou ontem.
Alguns dos voluntários que estão por aqui resolveram dirigir até Detroit para assistir uma competição de talentos que ia rolar por lá e que estava acontecendo como forma de arrecadação de fundos para os Young Detroit Builders, uma organização que às vezes trabalha com a IICD. Outro dia eu explico melhor sobre a YDB, mas só pra resumir, ela costuma dar orientação vocacional para os jovens "perdidos" de Detroit (os ex-maloqueiros mesmo ahaha, mas são gente fina...)
Enfim...eu fui até lá na esperança de ver aqueles duelos improvisados entre MC´s, afinal, Detroit, cidade de Eminem...bairro pobre, ONG que cuida de jovens problemas, po....toda a receita para ver aqueles combates animais de rappers.....mas que nada....era um concurso de talentos mesmo, dança, violão, mágica....mas ok, foi legal.
A parte bizarra ainda estava por vir. Nós fomos dormir na casa de Mike, um britânico que mora por lá e estava na California no momento e emprestou a casa para passarmos a noite lá ahhah. Então beleza, lá vamos nós, 12 jovens em dois carros sem conhecer porcaria nenhuma da cidade, mas a gente se virou e achamos a casa, que ficava naquelas ruas completamente americanas: bandeiras na frente da casa, grama cortada, garagem ao lado e cerquinhas brancas. Não sei porque, mas quando eu olhei para a lua cheia, eu pensei que aquela cena parecia filme de terror...sei lá....aquela rua tranquila....12 jovens numa casa....1 assassino entre eles. Mal sabia eu o quão (quase) profético aquele pensamento estava sendo....
(espaço para criar aquele suspense....)
Então, estamos lá na casa do Mike, relaxados após jantar tacos e burritos, aí cada um começou a se arrumar para dormir e tal...eu já tinha deixado meu sleeping bag num quarto lá...só para depois perceber que o "quarto" foi tomado por 4 meninas (incluindo uma que eu não suporto....mas a gente já chega lá...). Aí tipu...estávamos em 12 e casa não era tão grande, cada um já tinha arrumado seu lugar e o meu foi tomado ahaha, então as meninas me "deixaram" dormir com elas lá....porra, o quarto já era pequeno e elas se amontoaram lá para dormir todas juntas...onde elas queriam que dormisse, no banheiro: Então me vem a garota que me irrita como poucos conseguem fazer: "dorme ali no armário" E deu aquela risada típica de menina boba "hihihihi".
Pqp, o sangue subiu...mas eu deixei quieto, afinal ela é uma idiota e eu acho que ela já percebeu que eu não vou nem um pouco com sua cara. Tipu...ela nunca me fez nada, mas é exatamente esse o problema que tenho com ela, ela parece que nunca faz nada. Ela é uma coreaninha que mais parece um boneca de porcelana, frááágil que só ela, não sei o que caralho ela quer ir fazer na África como voluntária, porque além de ter uma aparência de que até um pernilongo consegue matá-la, ela não fala quase nada de inglês esse é um dos motivos para ela nunca fazer nada nem conversar direito com ninguém, porque ela não consegue nem entender a frase "pega uma faca, por favor". Porra, então ela quase não abre a boca, mas quando ela se junta com alguma outra coreana, a mina não para de falar e não para de dar risada. Mano, é muito irritante essa mina rindo. Fora que ela é infantil pra caralho.....num é que de tarde a gente tava lá esperando começar as apresentações, e ela começa a jogar jokenpô com uma outra mina!!!
E brother, a mina tava mó entretida na parada, do tipo que se lamentava quando perdia e comemorava quando ganhava, meu...chamando mó atenção desnecessária e o otário aqui na cadeira ao lado cheio de vergonha alheia. Nossa, faltou muito pouco para eu dar uma de Felipe Neto (afinal, essa mina não faz sentido algum)e gritar pra ela "PÁÁÁRA CARALHO!!! OLHA PRA VOCÊ, MENINA. SE DIVERTINDO COM JOKENPÔ??? PORRA, NEM CRIANÇA DE 5 ANOS CONSEGUE ACHAR ESSA MERDA DIVERTIDA POR MAIS DE 30 SEGUNDOS E VOCÊ TÁ NESSA MERDA AÍ TEM QUASE 10 MINUTOS!!! NÃO FODE VAI, PÁRA COM ESSA PORRA!!!"
Hahaha, eu sei que parece que eu to pegando no pé da mina....mas.... sei lá provavelmente eu estou mesmo, mas essa garota simplesmente me irrita ahahha e eu preciso desabafar.
Voltando à casa do Mike. Ok, ficou acertado que eu ia dormir com as meninas, eu e mais 3 no chão e uma na cama. E adivinha quem foi a bonitona que escolheu dormir na cama?? Sim...ela.
Claro que não seria o Vini que ia dormir na cama. Afinal, ele só dirigiu 3h e meia para que todo mundo pudesse se divertir em Detroit, porque diabos íamos deixar o Vini dormir na cama, após termos inclusive roubado o espaço dele no chão?? Maaaas, tudo bem, eu durmo no sleeping bag de boa, como todas as outras meninas iam fazer também. E olha só....a menina chata é tão mula, que ela usa um sleeping bag numa cama...e o pior é que ela não usa a porra direito, ela simplesmente estendeu o sleeping bag e deitou em cima dele. Ou seja, cada vez que ela se mexia na cama, fazia um barulho chato pra cacete. E se você achou que essa menina se mexe bastante quando dorme, você acertou.
Ok, agora sim vem a parte do bizarra....o momento que senti medo da guria. Senti mesmo hahaha.
Aconteceu o seguinte: a mina era tão chata, que até dormindo, a mina consegue me irritar. Claro que ela roncava. Claro que ela falava coreano enquanto dormia e claro que ela era uma porra de uma sonâmbula.
Imagina a situação, brother...a garota parece a Samara de "O Chamado" (eu juro que colocaria uma foto dela aqui se não tivesse com medo dela no momento), durante umas 2h ela de vez em quando falava umas coisas sinistras em coreano (claro que eu não entendi nada, mas pelo jeito bravo que ela falava...assustava um pouco) e de repente, no meio da noite....baixa um Atividade Paranormal nela.
Brother, eu juro por Deus, a mina do nada se levantou da cama e ficou de pé olhando para nós dormindo. Só que como a infeliz não me deixava dormir com seu ronco, com seus movimentos insuportáveis na cama e com seu monólogo em coreano noite afora, eu fui o único que viu a cena. Cara, imagina a Samara... imagina ela dormindo no mesmo quarto que você... imagina ela se levantando e ficando uns 40s olhando para os outros dormindo igualzinho a mina do "Atividade Paranormal".....agora imagina que essa menina sabe que você nao a suporta....
Se fosse como eu tinha pensado, que estar naquela casa com 12 jovens sendo um deles o assassino, igual num filme de terror teen tosco....óbvio que essa mina seria o assassino e óbvio que eu seria o primeiro a ir pro saco.
Porque num filme de terror adolescente é quase sempre assim: a primeira vítima geralmente é aquela pessoa que menosprezava o assassino antes dele se tornar um assassino (óbvio né....), então, claro que o Vini ia ser o primeiro palhaço a rodar no plano de vingança da Samara coreana....as amigas delas iam ficar pro final e tal.
Enfim....lá estava a infeliz parada olhando pra gente, mano. Porra, que medo do caralho, eu juro que pensei comigo "se ela vier na minha direção eu vou dar uma muqueta nela". Meu...não me interprete como um espancador de garotas, mas se ponha na minha situação....eu posso até entender que ela seja sonâmbula e tal, mas dava pra perceber que ela tava se alterando durante o sono...devia estar falando altas barbaridades naquele idioma do caralho, então brother....se ela viesse na minha direção...ou eu gritava ou eu dava um wazari na mina (ou ippon...sei lá o nome dessa merda), porque ficar na minha e ver qual era a dela enquanto ela caminhava para mim, jamais. Além do que eu estava dentro do sleeping bag, eu era uma presa fácil para aquela maníaca, então eu meio que abri um pouco o zíper caso precisasse correr. Hhahahhaha, velho....chegou nesse nível a situação.
Só que ela resolveu voltar para a cama depois dessa cena bizarra. E voltou, claro, para o seu discurso em coreano para todos nós escutarmos. Então, eu tô quase dormindo, quando uma das meninas meio que grita, meio que pede socorro, sei lá.....mano, meu coração parou. Eu estava de costas para ela e virei na hora pensando: a Samara tá matando a mina. Eu virei com a mão fechada já e quase pulando (afinal, eu tinha sido malandro o bastante pra deixar o sleeping bag no esquema), só que a Samara tava dormindo...a mina gritou durante o sonho mesmo....provavelmente estava sonhando que a sua "amiga" coreana estava a sufocá-la com o travesseiro.
E foi isso meu...eu não consegui dormir nada essa noite por causa dessa fdp....e agora além dela me irritar, ela me dá um pouco de medo.
É de foder, viu.....
PS: desculpe a quantidade de palavrões, mas faz tempo que não xingo em português..e esse foi um momento propício para aliviar a tensão...
sábado, 25 de setembro de 2010
quinta-feira, 23 de setembro de 2010
xiiii....
Certo, é melhor eu começar a postar alguma coisa que preste aqui e que mostre que estou aprendendo coisas úteis e não só farreando e participando de festivais por aí (se bem que nesse fds vou assistir a um duelo de MC´s, ahahah, mto loco).
Enfim, hoje de manhã assisti a um documentário chamado "The Power of Community: How Cuba Survived the Peak Oil". O documentário conta como Cuba após o colapso da União Soviética teve que reeinventar toda sua agricultura, economia e sociedade para não morrer, literalmente, de fome.
O que aconteceu foi o seguinte: com o fim da União Soviética, Cuba parou de receber o apoio financeiro e industrial, onde com isso foi capaz de "sustentar" a ilha durante todo o período de Guerra Fria e aguentar o tranco dos embargos impostos pelos EUA (que já duram quase meio século), então em questão de semanas o país afundou. Sofrendo falta de energia elétrica, falta de comida e tudo isso ligado à falta de petróleo. Que afinal de contas é praticamente o motor de um país.
Então a mensagem central do documentário é que em breve, o mundo inteiro irá sofrer com a completa falta de petróleo. Segundo estatísticas, após esse ano, 2010, a oferta de petróleo irá diminuir, ao mesmo tempo que sua demanda irá crescer e até 2050, estaremos ferrados. Países como China e Índia estão hoje consumindo petróleo em níveis que levou décadas para EUA e Europa consumirem. Só que décadas atrás não havia essa consciência ambiental e consciência de que uma hora a festa do petróleo iria chegar ao fim.
Ou seja, em breve, o mundo vai experimentar o que Cuba passou no início da década de 1990, onde teve que aprender do modo mais difícil como adaptar uma sociedade inteira à falta de petróleo, e consequentemente, a enormes dificuldades econômicas. A boa notícia é que Cuba é um modelo de sucesso, pois como bem disse um cubano "podemos ter apenas 2% da população da América Latina, mas temos 11% dos cientistas dela". Hahaha, ou seja, a população de Cuba é realmente bem-educada, academicamente falando (nunca conheci um cubano..) então logo logo, teremos que aprender um monte de coisas com Cuba. Eu, por exemplo, já estou pensando em ir para lá após voltar da África....(mãe....brincadeira)
E o que eu mais gostei sobre esse documentário é que tem muito a ver com o pensamento que eu tenho para o meu projeto na África. Estou realmente interessado em aprender sobre desenvolvimento agrícola sustentável (como permacultura) e aplicar isso por lá. E pqp....eu realmente estou me interessando sobre agronomia. Eu não sei absolutamente nada sobre a terra hahahah, mas cada vez mais eu vejo que é um caminho que eu gostaria de seguir...bom, Economia e Agronomia, pra dizer a verdade. Então...é sempre legal ver um documentário sobre isso e ainda mostrando que dá certo.
Porque, sinceramente, apesar de eu ser um voluntário para fazer alguma coisa de útil pelo mundo, eu não consigo deixar de pensar lááá no fundo, que esse mundo vai para o saco não importa o que a gente faça ahaha. Então vamos celebrar o amor e já era ahahaha. Mas eu sei que pensar dessa maneira é desistir muito cedo e como diria o Surfista Prateado (amém): "Não podemos desistir de algo pelas dificuldades. Devemos ser impelidos pelo objetivo, não pela disputa."
Ok, eu não lembro se é exatamente isso, mas é algo parecido ahahaha.
Enfim, hoje de manhã assisti a um documentário chamado "The Power of Community: How Cuba Survived the Peak Oil". O documentário conta como Cuba após o colapso da União Soviética teve que reeinventar toda sua agricultura, economia e sociedade para não morrer, literalmente, de fome.
O que aconteceu foi o seguinte: com o fim da União Soviética, Cuba parou de receber o apoio financeiro e industrial, onde com isso foi capaz de "sustentar" a ilha durante todo o período de Guerra Fria e aguentar o tranco dos embargos impostos pelos EUA (que já duram quase meio século), então em questão de semanas o país afundou. Sofrendo falta de energia elétrica, falta de comida e tudo isso ligado à falta de petróleo. Que afinal de contas é praticamente o motor de um país.
Então a mensagem central do documentário é que em breve, o mundo inteiro irá sofrer com a completa falta de petróleo. Segundo estatísticas, após esse ano, 2010, a oferta de petróleo irá diminuir, ao mesmo tempo que sua demanda irá crescer e até 2050, estaremos ferrados. Países como China e Índia estão hoje consumindo petróleo em níveis que levou décadas para EUA e Europa consumirem. Só que décadas atrás não havia essa consciência ambiental e consciência de que uma hora a festa do petróleo iria chegar ao fim.
Ou seja, em breve, o mundo vai experimentar o que Cuba passou no início da década de 1990, onde teve que aprender do modo mais difícil como adaptar uma sociedade inteira à falta de petróleo, e consequentemente, a enormes dificuldades econômicas. A boa notícia é que Cuba é um modelo de sucesso, pois como bem disse um cubano "podemos ter apenas 2% da população da América Latina, mas temos 11% dos cientistas dela". Hahaha, ou seja, a população de Cuba é realmente bem-educada, academicamente falando (nunca conheci um cubano..) então logo logo, teremos que aprender um monte de coisas com Cuba. Eu, por exemplo, já estou pensando em ir para lá após voltar da África....(mãe....brincadeira)
E o que eu mais gostei sobre esse documentário é que tem muito a ver com o pensamento que eu tenho para o meu projeto na África. Estou realmente interessado em aprender sobre desenvolvimento agrícola sustentável (como permacultura) e aplicar isso por lá. E pqp....eu realmente estou me interessando sobre agronomia. Eu não sei absolutamente nada sobre a terra hahahah, mas cada vez mais eu vejo que é um caminho que eu gostaria de seguir...bom, Economia e Agronomia, pra dizer a verdade. Então...é sempre legal ver um documentário sobre isso e ainda mostrando que dá certo.
Porque, sinceramente, apesar de eu ser um voluntário para fazer alguma coisa de útil pelo mundo, eu não consigo deixar de pensar lááá no fundo, que esse mundo vai para o saco não importa o que a gente faça ahaha. Então vamos celebrar o amor e já era ahahaha. Mas eu sei que pensar dessa maneira é desistir muito cedo e como diria o Surfista Prateado (amém): "Não podemos desistir de algo pelas dificuldades. Devemos ser impelidos pelo objetivo, não pela disputa."
Ok, eu não lembro se é exatamente isso, mas é algo parecido ahahaha.
segunda-feira, 20 de setembro de 2010
dica do vini
Bom, todos vocês devem saber que meus conhecimentos de cozinha se resumem a duas coisas: miojo e pão na chapa (considerado agora o melhor em 3 países).
E como eu já devo ter dito antes, todos os voluntários devem cozinhar. Mesmo se nao sabem absolutamente nada...como eu...bom, mas isso já eh passado agora =)
Pode crê meu, eu lembro da minha primeira vez na cozinha onde eu implorei por alguma ajuda. Entao, meu primeiro roommate que era um cozinheiro de mao cheia me deu umas dicas, mas tipu....ele tinha coisas mais importantes para fazer, entao ele foi me dando uns toques e tal, outras pessoas apareciam para ajudar do nada também, soh que sempre falavam "ahh, faz assim e depois você da uma incrementada!!".
Porra!! Incrementada, brother??? Eu vou fazer meu melhor para conseguir o básico e vocês falando de incrementar?? Outra coisa que me incomodava também era as vezes ver uns 3 ou 4 conversando e eu ficava na paranóia que eles estavam cochichando entre si: "pff....olha aquele ali, nao sabe cozinhar nada....". Sabe quando você tem 7 anos e quer fazer parte daquele grupo de crianças legais, mas você eh muito escroto para participar?? Entao...era assim que eu me sentia toda vez que ia cozinhar....eu nao era maneiro o bastante para participar do clubinho dos que sabiam cozinhar.
Eh...eu nao era cool o bastante para discutir coisas cool como as melhores maneiras de se fazer um risotto ou participar de um caloroso debate sobre macadamias ou qualquer outro assunto gastronômico super cool que todo jovem descolado do século 21 deve saber.
Minha vontade inicial era de mandar todos para a boa e velha PQP e enfiarem seus conhecimentos de cozinha no bom e velho.....ok, vc sabe onde. Maaaaas, acontece com todo rapaz em algum momento em sua vida: você tem que repensar o seu status de Senhor-Comida-para-Microondas. Entao eu resolvi aprender direito essa porcaria de culinária...e apesar de nao ter ido muito bem nas primeiras vezes, hoje posso dizer que mando meio que bem... sim....porque nas primeiras vezes...nao saber nada de cozinha e ter que cozinhar para 30 pessoas se assemelha muito a fazer sexo pela primeira vez com a garota dos seus sonhos: você tem uma ligeira noção do que deve fazer, mas durante todo o processo fica se perguntando se esta fazendo a coisa direito ou nao...se já eh o momento certo para colocar alguma coisa dentro da....panela......ou ainda deve esperar esquentar mais um pouco.....enfim....as analogias sao inúmeras, mas no fim você simplesmente nao quer fazer feio.
Entao agora vou passar uma deliciooosa receita para vocês jovens, que assim como eu, ainda estão desbravando o tenebroso mundo da culinária. Sim, vou ensinar (hahaha, isso soa estranho ate para mim) passo-a-passo como fazer um bom omelete com tomates e folhas de mostarda; acompanhado de uma apetitosa sopa de cenoura, alem de claro....aquele pãozinho com alho que conquista o estômago e o coração de todo mundo ehehee (aqueles apresentadores puta chatos neh)
Ok, primeira coisa a fazer eh juntar todos os ingredientes, que você, moleque, deve ter em sua dispensa.
Para o omelete: ovos (obviamente neh brother), uns 5 acho que já da, uns 6 tomates pelo menos, 4 a 5 folhas de mostarda, sal e pimentinha em po e, claro, aquele azeite que nunca falha.
Para a sopa: 5 a 6 cenouras, 2 cebolas, 5 batatas, 4 dentinhos alho, água (750ml, por favor) e como sempre....o sal e a pimentinha.
Pão com alho: pão e alho.
Certo, agora que você já tem tudo em maos, vamo mandar ver!
Omelete: quebre os ovos, adicione o sal e a pimenta e os tomates, muito bem fatiados e jogue as folhas de mostarda tambem...eh meu....coloque a porra da ingredientada (?!) toda numa vasilha e de aquela batidinha nos ovos (e como toda batidinha, sempre com amor, hein!)
Ok, depois disso, coloque azeite na frigideira, misture pela superfície e jogue toda a mistura. Deixe ir fritando e vá virando o omelete de vez em quando, ate você achar que esta bom e....voi la!
Sopa de Cenoura: descasque e corte em fatias grandes as cenouras e as batatas, depois corte as cebolas em 4 pedaços. Descasque também os dentes de alho e jogue tudo na panela com a água para ferver e tampe por uns 15min.
Adicione agora o quanto você preferir de sal e pimenta e deixe por mais uns 5min. fervendo. Depois, tire a panela do fogão, deixe esfriar por mais uns 5min. e jogue tudo no liquidificador para bater. Após isso, coloque tudo de volta na panela e deixe aquecer ate o ponto que você achar melhor.
Pão com alho: Certo. Voce vai ter que socar o alho, mas socar alho (sem trocadilho) pode ser um saco, entao, meu conselho, corte o alho em pedacinhos e depois você pode soca-lo o quanto quiser, que vai ser bem mais rápido. Entao, soque o alho com sal ate ficar aquela pasta bonita, adicione pimenta se quiser...mas cuidado, pode sair bem salgado esse pão.
Jogue no liquidificador, adicione um copo de agua e manda ver na potência máxima. Agora basta passar esse patezinho nos paes, deixando apenas a borda para tostar e colocar no forno para esquentar. Dependendo da potência do forno pode levar 3 minutos ou 15. Entao, fique de olho.
E eh isso ae campeão. Com esses 3 pratos, acho que você pode ter um refeição decente e o mais importante, saudável.
Ta, para mim isso nao eh o mais importante. Ok amiguinhos, qualquer dia eu mando outra dica do vini para vocês, combinado??? (aqueles que insistem em ser o apresentador puta chato)
E como eu já devo ter dito antes, todos os voluntários devem cozinhar. Mesmo se nao sabem absolutamente nada...como eu...bom, mas isso já eh passado agora =)
Pode crê meu, eu lembro da minha primeira vez na cozinha onde eu implorei por alguma ajuda. Entao, meu primeiro roommate que era um cozinheiro de mao cheia me deu umas dicas, mas tipu....ele tinha coisas mais importantes para fazer, entao ele foi me dando uns toques e tal, outras pessoas apareciam para ajudar do nada também, soh que sempre falavam "ahh, faz assim e depois você da uma incrementada!!".
Porra!! Incrementada, brother??? Eu vou fazer meu melhor para conseguir o básico e vocês falando de incrementar?? Outra coisa que me incomodava também era as vezes ver uns 3 ou 4 conversando e eu ficava na paranóia que eles estavam cochichando entre si: "pff....olha aquele ali, nao sabe cozinhar nada....". Sabe quando você tem 7 anos e quer fazer parte daquele grupo de crianças legais, mas você eh muito escroto para participar?? Entao...era assim que eu me sentia toda vez que ia cozinhar....eu nao era maneiro o bastante para participar do clubinho dos que sabiam cozinhar.
Eh...eu nao era cool o bastante para discutir coisas cool como as melhores maneiras de se fazer um risotto ou participar de um caloroso debate sobre macadamias ou qualquer outro assunto gastronômico super cool que todo jovem descolado do século 21 deve saber.
Minha vontade inicial era de mandar todos para a boa e velha PQP e enfiarem seus conhecimentos de cozinha no bom e velho.....ok, vc sabe onde. Maaaaas, acontece com todo rapaz em algum momento em sua vida: você tem que repensar o seu status de Senhor-Comida-para-Microondas. Entao eu resolvi aprender direito essa porcaria de culinária...e apesar de nao ter ido muito bem nas primeiras vezes, hoje posso dizer que mando meio que bem... sim....porque nas primeiras vezes...nao saber nada de cozinha e ter que cozinhar para 30 pessoas se assemelha muito a fazer sexo pela primeira vez com a garota dos seus sonhos: você tem uma ligeira noção do que deve fazer, mas durante todo o processo fica se perguntando se esta fazendo a coisa direito ou nao...se já eh o momento certo para colocar alguma coisa dentro da....panela......ou ainda deve esperar esquentar mais um pouco.....enfim....as analogias sao inúmeras, mas no fim você simplesmente nao quer fazer feio.
Entao agora vou passar uma deliciooosa receita para vocês jovens, que assim como eu, ainda estão desbravando o tenebroso mundo da culinária. Sim, vou ensinar (hahaha, isso soa estranho ate para mim) passo-a-passo como fazer um bom omelete com tomates e folhas de mostarda; acompanhado de uma apetitosa sopa de cenoura, alem de claro....aquele pãozinho com alho que conquista o estômago e o coração de todo mundo ehehee (aqueles apresentadores puta chatos neh)
Ok, primeira coisa a fazer eh juntar todos os ingredientes, que você, moleque, deve ter em sua dispensa.
Para o omelete: ovos (obviamente neh brother), uns 5 acho que já da, uns 6 tomates pelo menos, 4 a 5 folhas de mostarda, sal e pimentinha em po e, claro, aquele azeite que nunca falha.
Para a sopa: 5 a 6 cenouras, 2 cebolas, 5 batatas, 4 dentinhos alho, água (750ml, por favor) e como sempre....o sal e a pimentinha.
Pão com alho: pão e alho.
Certo, agora que você já tem tudo em maos, vamo mandar ver!
Omelete: quebre os ovos, adicione o sal e a pimenta e os tomates, muito bem fatiados e jogue as folhas de mostarda tambem...eh meu....coloque a porra da ingredientada (?!) toda numa vasilha e de aquela batidinha nos ovos (e como toda batidinha, sempre com amor, hein!)
Ok, depois disso, coloque azeite na frigideira, misture pela superfície e jogue toda a mistura. Deixe ir fritando e vá virando o omelete de vez em quando, ate você achar que esta bom e....voi la!
Sopa de Cenoura: descasque e corte em fatias grandes as cenouras e as batatas, depois corte as cebolas em 4 pedaços. Descasque também os dentes de alho e jogue tudo na panela com a água para ferver e tampe por uns 15min.
Adicione agora o quanto você preferir de sal e pimenta e deixe por mais uns 5min. fervendo. Depois, tire a panela do fogão, deixe esfriar por mais uns 5min. e jogue tudo no liquidificador para bater. Após isso, coloque tudo de volta na panela e deixe aquecer ate o ponto que você achar melhor.
Pão com alho: Certo. Voce vai ter que socar o alho, mas socar alho (sem trocadilho) pode ser um saco, entao, meu conselho, corte o alho em pedacinhos e depois você pode soca-lo o quanto quiser, que vai ser bem mais rápido. Entao, soque o alho com sal ate ficar aquela pasta bonita, adicione pimenta se quiser...mas cuidado, pode sair bem salgado esse pão.
Jogue no liquidificador, adicione um copo de agua e manda ver na potência máxima. Agora basta passar esse patezinho nos paes, deixando apenas a borda para tostar e colocar no forno para esquentar. Dependendo da potência do forno pode levar 3 minutos ou 15. Entao, fique de olho.
E eh isso ae campeão. Com esses 3 pratos, acho que você pode ter um refeição decente e o mais importante, saudável.
Ta, para mim isso nao eh o mais importante. Ok amiguinhos, qualquer dia eu mando outra dica do vini para vocês, combinado??? (aqueles que insistem em ser o apresentador puta chato)
segunda-feira, 13 de setembro de 2010
festivais
Nesse final de semana participei de dois festivais: o primeiro foi na minha quase segunda casa, Chicago. Um evento onde eu trabalhei para uma organização meio que filiada ao IICD, é o Gaia Movement, que trabalha bastante com a questão ambiental.
O segundo festival foi em um colégio em Cassopolis, uma cidadezinha aqui em Michigan. O evento se chamava "Festival Internacional das Minorias", alguma coisa assim ahaha, enfim..e nesse festival eu tive que dançar salsa....acredite se quiser, mas eu mando bem, brother. Mais algumas aulas dessa parada e eu domino a arte (hahaha).
Bom, eu não vou entrar em detalhes sobre o que rolou nesses festivais, vou só dizer sobre os fatos que foram mais significantes para mim.
Primeiro que ninguém acredita que eu sou brasileiro. Desde que eu cheguei aqui já foram 4 meninas que disseram que eu era italiano. Eu gosto de dizer a mim mesmo que elas pensam isso porque toda vez que eu me apresento, eu digo logo que meu nome é Vini. Toda vez que eu tentei explicar que era Vinicius, a galera se enrolava e soltava um Vinitchioous, então com o Vini eu poupo tempo.
Só que acontece é que Vinny é apelido de Vincent nos EUA e em pelo menos 90% dos filmes sobre mafiosos italianos tinha algum Vinny na história, então chega eu....com esse meu nariz árabe-judeu-italiano...digo que meu nome é Vinny....meu inglês já está sem sotaque....pronto, virei italiano.
Sim meu, quase ninguém mais percebe meu sotaque estrangeiro. Nem eu acreditei quando conversei 2h com um americano no festival em Chicago e contei que tinha me formado no Brasil. Ele vem e me pergunta o que eu estava fazendo no Brasil hahaha. Po...ganhei meu dia, brother, foram 2h conversando meu....e ele em nenhum momento perceber que eu era estrangeiro?
A voluntária nova que é da Alemanha também já me perguntou se eu tinha morado nos EUA antes, mas como ela é gringa também, eu não levei muito em consideração.
Outra coisa muito legal que aconteceu também, dessa vez no segundo festival, foram os dois caras que eu mais conversei: Larry, o pintor de quadros de jazz e Greg, o vendedor de hot-dog. Hahahaha, é sério.
Com o Larry eu troquei uma idéia de gente grande. Tudo começou comigo sentado sozinho lá no banquinho, tomando o sol....ainda me perguntando porque diabos eu ia ter que dançar salsa na frente de uma galera, quando ele chegou perguntando se eu era estrangeiro também (estávamos todos usando uma camiseta escrito “Voluntário Internacional”....enfim...), aí ele sentou e começamos a conversar sobre os quadros dele e eu falei que era fã de blues, então ele começou a me testar ahahah “ahh, aposto que você só conhece B.B. King”...pronto...eu nem gosto tanto assim de B.B. King, então comecei a soltar uns nomes de calibre do blues “Ah, acho que eu sou mais fã de Mississippi Fred McDowell, Howlin´Wolf, John Lee Hooker, Robert Johnson...e ahh, por falar em Robert Johnson, você conhece a lenda sobre ele ter vendido a alma ao diabo, né?”
Hahahaha, o negão ficou branco meu. “Cala boca que você, um brasileiro branquelo...menino de cidade grande conhece a história do Robert Johnson”. Eu só comecei a rir e disse que a gente tinha internet no Brasil também. Mas o cara insistia em me testar, aí ele quis lançar uma pergunta profunda, me perguntou porque eu gostava de blues. Eu disse que não sabia porquê. Eu tentei meio que dar uma resposta fácil, dizendo que eu amava o rock e o rock começou com o blues e tal....mas o cara não aceitou isso, ele disse que tem que ter uma razão para eu gostar do blues. Então eu parei um pouco pensei e só disse “Bom...eu acho que gosto da tristeza da música blues.”
Então ele olhou para mim com aquele olhar orgulhoso que um mestre do karatê manda para o jovem pupilo e soltou aquele “Yeah man...”. Eu passei no teste hahaha, mas fiz questão de salientar para ele que não conseguia tocar nada de blues, eu simplesmente disse que aqueles caras são muito bons. Ele tentou dizer que é difícil para os brancos serem bons no blues porque como eu muito bem falei, o blues é sobre tristeza. O blues começou com os escravos no sul dos Estados Unidos e era essa a forma deles colocarem para fora toda sua angústia e tal. E é exatamente isso que eu gosto no blues, aquele gaita melancólica...a guitarra de notas tristes...a voz de alguém que parece que está segurando o choro....então o argumento do Larry era que eu...um branquelo, menino de cidade grande que só conhecia tristeza quando tomava um fora da namorada, nunca ia conseguir fazer um blues. E eu simplesmente concordei, ia ser preciso muito mais pancada na vida.
Estranho como certas coisas acontecem em nossas vidas, tudo começou com um “hoje está bem quente” e terminou numa reflexão sobre a vida e suas dificuldades. Ainda mais estranho se for pensar nesse diálogo sendo travado entre um pintor negão dos EUA com 58 anos, que tem dois filhos que ele já não conversa há alguns anos e um brasileiro branquelo menino de cidade grande de 24 anos que viajou para ser um voluntário. Quem diria...
O outro brother foi o Greg (mais um negão ahhaa). Nossas conversas foram mais lights, algo sobre a sensualidade daquelas meninas fazendo a dança do ventre e a porcaria do meu violão que não ficava afinado. Mas a gente se deu tão bem também, que eu tentei duas vezes comprar um hot-dog dele e ele simplesmente gritou para as mulheres cozinhando “Yooo, serve meu amigo brasileiro aqui!!” . Hahahaha, quando eu falei que o próximo hot-dog eu ia jogar o dinheiro no trailer, ele simplesmente disse para eu guardar o dinheiro e gastar com ele quando ele fosse visitar as praias no Brasil hahaha. Gente fina o cara.
E é isso meu...tem umas fotos novas ali do lado. Lá em Chicago eu nem quis muito ficar falando sobre o meio-ambiente, ocupei meu tempo pintando o rosto das criancinhas do bairro pobre dali hahah. E dancei salsa, não tenho as fotos ainda, mas vou colocar dois videos.
O primeiro é do nosso primeiro ensaio (não se engane pela minha falta de molejo nesse video...estou para dominar a arte) e o segundo é do coreano John Lennon...é...eu simplesmente não guardo o nome dos asiáticos aqui, então eu dou qualquer nome para eles....e pior que pega viu (todo mundo só chama os coreanos daqui de José Alberto e John Lennon agora...), voltando ahaha, o segundo video é do John tentando memorizar os passos da salsa...e ficando desesperado ahahaha
Um abraço.
O segundo festival foi em um colégio em Cassopolis, uma cidadezinha aqui em Michigan. O evento se chamava "Festival Internacional das Minorias", alguma coisa assim ahaha, enfim..e nesse festival eu tive que dançar salsa....acredite se quiser, mas eu mando bem, brother. Mais algumas aulas dessa parada e eu domino a arte (hahaha).
Bom, eu não vou entrar em detalhes sobre o que rolou nesses festivais, vou só dizer sobre os fatos que foram mais significantes para mim.
Primeiro que ninguém acredita que eu sou brasileiro. Desde que eu cheguei aqui já foram 4 meninas que disseram que eu era italiano. Eu gosto de dizer a mim mesmo que elas pensam isso porque toda vez que eu me apresento, eu digo logo que meu nome é Vini. Toda vez que eu tentei explicar que era Vinicius, a galera se enrolava e soltava um Vinitchioous, então com o Vini eu poupo tempo.
Só que acontece é que Vinny é apelido de Vincent nos EUA e em pelo menos 90% dos filmes sobre mafiosos italianos tinha algum Vinny na história, então chega eu....com esse meu nariz árabe-judeu-italiano...digo que meu nome é Vinny....meu inglês já está sem sotaque....pronto, virei italiano.
Sim meu, quase ninguém mais percebe meu sotaque estrangeiro. Nem eu acreditei quando conversei 2h com um americano no festival em Chicago e contei que tinha me formado no Brasil. Ele vem e me pergunta o que eu estava fazendo no Brasil hahaha. Po...ganhei meu dia, brother, foram 2h conversando meu....e ele em nenhum momento perceber que eu era estrangeiro?
A voluntária nova que é da Alemanha também já me perguntou se eu tinha morado nos EUA antes, mas como ela é gringa também, eu não levei muito em consideração.
Outra coisa muito legal que aconteceu também, dessa vez no segundo festival, foram os dois caras que eu mais conversei: Larry, o pintor de quadros de jazz e Greg, o vendedor de hot-dog. Hahahaha, é sério.
Com o Larry eu troquei uma idéia de gente grande. Tudo começou comigo sentado sozinho lá no banquinho, tomando o sol....ainda me perguntando porque diabos eu ia ter que dançar salsa na frente de uma galera, quando ele chegou perguntando se eu era estrangeiro também (estávamos todos usando uma camiseta escrito “Voluntário Internacional”....enfim...), aí ele sentou e começamos a conversar sobre os quadros dele e eu falei que era fã de blues, então ele começou a me testar ahahah “ahh, aposto que você só conhece B.B. King”...pronto...eu nem gosto tanto assim de B.B. King, então comecei a soltar uns nomes de calibre do blues “Ah, acho que eu sou mais fã de Mississippi Fred McDowell, Howlin´Wolf, John Lee Hooker, Robert Johnson...e ahh, por falar em Robert Johnson, você conhece a lenda sobre ele ter vendido a alma ao diabo, né?”
Hahahaha, o negão ficou branco meu. “Cala boca que você, um brasileiro branquelo...menino de cidade grande conhece a história do Robert Johnson”. Eu só comecei a rir e disse que a gente tinha internet no Brasil também. Mas o cara insistia em me testar, aí ele quis lançar uma pergunta profunda, me perguntou porque eu gostava de blues. Eu disse que não sabia porquê. Eu tentei meio que dar uma resposta fácil, dizendo que eu amava o rock e o rock começou com o blues e tal....mas o cara não aceitou isso, ele disse que tem que ter uma razão para eu gostar do blues. Então eu parei um pouco pensei e só disse “Bom...eu acho que gosto da tristeza da música blues.”
Então ele olhou para mim com aquele olhar orgulhoso que um mestre do karatê manda para o jovem pupilo e soltou aquele “Yeah man...”. Eu passei no teste hahaha, mas fiz questão de salientar para ele que não conseguia tocar nada de blues, eu simplesmente disse que aqueles caras são muito bons. Ele tentou dizer que é difícil para os brancos serem bons no blues porque como eu muito bem falei, o blues é sobre tristeza. O blues começou com os escravos no sul dos Estados Unidos e era essa a forma deles colocarem para fora toda sua angústia e tal. E é exatamente isso que eu gosto no blues, aquele gaita melancólica...a guitarra de notas tristes...a voz de alguém que parece que está segurando o choro....então o argumento do Larry era que eu...um branquelo, menino de cidade grande que só conhecia tristeza quando tomava um fora da namorada, nunca ia conseguir fazer um blues. E eu simplesmente concordei, ia ser preciso muito mais pancada na vida.
Estranho como certas coisas acontecem em nossas vidas, tudo começou com um “hoje está bem quente” e terminou numa reflexão sobre a vida e suas dificuldades. Ainda mais estranho se for pensar nesse diálogo sendo travado entre um pintor negão dos EUA com 58 anos, que tem dois filhos que ele já não conversa há alguns anos e um brasileiro branquelo menino de cidade grande de 24 anos que viajou para ser um voluntário. Quem diria...
O outro brother foi o Greg (mais um negão ahhaa). Nossas conversas foram mais lights, algo sobre a sensualidade daquelas meninas fazendo a dança do ventre e a porcaria do meu violão que não ficava afinado. Mas a gente se deu tão bem também, que eu tentei duas vezes comprar um hot-dog dele e ele simplesmente gritou para as mulheres cozinhando “Yooo, serve meu amigo brasileiro aqui!!” . Hahahaha, quando eu falei que o próximo hot-dog eu ia jogar o dinheiro no trailer, ele simplesmente disse para eu guardar o dinheiro e gastar com ele quando ele fosse visitar as praias no Brasil hahaha. Gente fina o cara.
E é isso meu...tem umas fotos novas ali do lado. Lá em Chicago eu nem quis muito ficar falando sobre o meio-ambiente, ocupei meu tempo pintando o rosto das criancinhas do bairro pobre dali hahah. E dancei salsa, não tenho as fotos ainda, mas vou colocar dois videos.
O primeiro é do nosso primeiro ensaio (não se engane pela minha falta de molejo nesse video...estou para dominar a arte) e o segundo é do coreano John Lennon...é...eu simplesmente não guardo o nome dos asiáticos aqui, então eu dou qualquer nome para eles....e pior que pega viu (todo mundo só chama os coreanos daqui de José Alberto e John Lennon agora...), voltando ahaha, o segundo video é do John tentando memorizar os passos da salsa...e ficando desesperado ahahaha
Um abraço.
sábado, 4 de setembro de 2010
programas de índio (literalmente)
Faz tempo que não conto sobre o que está rolando por aqui...então nesse post vou fazer um resumo do que fiz de diferente nesses dias.
Bom...pra começar, eu conduzi meu primeiro evening program (aquela parada que rola depois da janta onde acontecem apresentações, filmes ou debates), mas minha primeira apresentação não foi sobre fome...ou guerra...ou o aquecimento global....minha primeira apresentação foi sobre o CORINTHIANS MERMÃO!!
Pode crê brother, no dia 1 de Setembro (amém) eu aqui dos EUA representei a nação e coloquei toda a gringaiada para aprender sobre o Todo-Poderoso.
Nem preciso dizer que eduquei muito bem a todos e todos agora possuem uma nova religião.
O que mais...ah, outro dia fui até o condado de Elkhart (os americanos e esses condados pra lá e pra cá....) participar de um workshop sobre arte.
Na verdade eu não tava muito afim de ir...principalmente porque foi num domingo...nosso sagrado dia de folga, mas foda-se...eu fui. E não me arrependi. O cara que nos recebeu merecia um post à parte, mas a preguiça é grande, então vou falar sobre ele aqui mesmo.
Manja aqueles guitarristas de blues do sul dos EUA....negão, barba branca, fala cantada e cheio de história pra contar? Não? Ok...aqui vai a foto dele:
Então, assim é o Jake. O autor de uma das melhores frases que eu ouvi por aqui: "Sabe, o inglês também é meu segundo idioma. Meu primeiro é o 'Mississippianês!'"
Eu explico. O pessoal do sul dos EUA tem um sotaque muito louco, é difícil até para os americanos às vezes entender o inglês deles. Algo como o sotaque nordestino no Brasil. Então ele soltou essa frase e começou a rir de si mesmo sem parar...(tá...na hora foi engraçado). Enfim...esse cara é um artista completo (pintor, escultor, escritor, compositor) e ele costuma trabalhar com umas "FEBEM" aqui de Michigan. Então ele convidou a nós, voluntários internacionais, a ir conhecer um pouco do seu trabalho e também a ajudar a terminar um livro de poemas que ele estava montando.
O livro continha poesias dele, de alunos de algumas escolas daqui e de alguns garotos cumprindo pena na prisão. E claro, agora com poemas dos voluntários também. (O rascunho do meu poema tá longe agora...eu o posto outro dia). É, foi bem legal.
E agora eu acabei de voltar de um festival indígena aqui em Michigan. Tá rolando meio que um torneio de dança entre várias tribos indígenas de todo os EUA e Canadá. Pô, foi bem legal até...conhecer um pouco sobre os nativo-americanos. Uma coisa bem diferente dos EUA para o Brasil nessa questão de índios, é como os americanos respeitam hoje em dia os nativos do continente. Eles realmente prezam e tentam aprender coisas com essas tribos. Porra, no Brasil nunca que ia rolar um TORNEIO de dança entre várias tribos do país inteiro e pessoas do país inteiro iriam até lá para assistir. Bom, pelo menos eu acho que não.
Bom, é isso, tem novas fotos, só clicar ali na parada para vê-las e agora eu vou com as novas meninas que chegaram tomar um milk-shake e ir no cinema drive-in (puta coisa de americano...eu sei...)
PS: já são dois dias fazendo frio por aqui e minhas mãos estão ressecadas com esse frio seco...sem querer ser gay, mas acho que vou comprar uns cremes e tal...
Bom...pra começar, eu conduzi meu primeiro evening program (aquela parada que rola depois da janta onde acontecem apresentações, filmes ou debates), mas minha primeira apresentação não foi sobre fome...ou guerra...ou o aquecimento global....minha primeira apresentação foi sobre o CORINTHIANS MERMÃO!!
Pode crê brother, no dia 1 de Setembro (amém) eu aqui dos EUA representei a nação e coloquei toda a gringaiada para aprender sobre o Todo-Poderoso.
Nem preciso dizer que eduquei muito bem a todos e todos agora possuem uma nova religião.
O que mais...ah, outro dia fui até o condado de Elkhart (os americanos e esses condados pra lá e pra cá....) participar de um workshop sobre arte.
Na verdade eu não tava muito afim de ir...principalmente porque foi num domingo...nosso sagrado dia de folga, mas foda-se...eu fui. E não me arrependi. O cara que nos recebeu merecia um post à parte, mas a preguiça é grande, então vou falar sobre ele aqui mesmo.
Manja aqueles guitarristas de blues do sul dos EUA....negão, barba branca, fala cantada e cheio de história pra contar? Não? Ok...aqui vai a foto dele:
Então, assim é o Jake. O autor de uma das melhores frases que eu ouvi por aqui: "Sabe, o inglês também é meu segundo idioma. Meu primeiro é o 'Mississippianês!'"
Eu explico. O pessoal do sul dos EUA tem um sotaque muito louco, é difícil até para os americanos às vezes entender o inglês deles. Algo como o sotaque nordestino no Brasil. Então ele soltou essa frase e começou a rir de si mesmo sem parar...(tá...na hora foi engraçado). Enfim...esse cara é um artista completo (pintor, escultor, escritor, compositor) e ele costuma trabalhar com umas "FEBEM" aqui de Michigan. Então ele convidou a nós, voluntários internacionais, a ir conhecer um pouco do seu trabalho e também a ajudar a terminar um livro de poemas que ele estava montando.
O livro continha poesias dele, de alunos de algumas escolas daqui e de alguns garotos cumprindo pena na prisão. E claro, agora com poemas dos voluntários também. (O rascunho do meu poema tá longe agora...eu o posto outro dia). É, foi bem legal.
E agora eu acabei de voltar de um festival indígena aqui em Michigan. Tá rolando meio que um torneio de dança entre várias tribos indígenas de todo os EUA e Canadá. Pô, foi bem legal até...conhecer um pouco sobre os nativo-americanos. Uma coisa bem diferente dos EUA para o Brasil nessa questão de índios, é como os americanos respeitam hoje em dia os nativos do continente. Eles realmente prezam e tentam aprender coisas com essas tribos. Porra, no Brasil nunca que ia rolar um TORNEIO de dança entre várias tribos do país inteiro e pessoas do país inteiro iriam até lá para assistir. Bom, pelo menos eu acho que não.
Bom, é isso, tem novas fotos, só clicar ali na parada para vê-las e agora eu vou com as novas meninas que chegaram tomar um milk-shake e ir no cinema drive-in (puta coisa de americano...eu sei...)
PS: já são dois dias fazendo frio por aqui e minhas mãos estão ressecadas com esse frio seco...sem querer ser gay, mas acho que vou comprar uns cremes e tal...
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